Inspirada no livro CLARA NUNES, GUERREIRA DA UTOPIA, do
jornalista e escritor Vagner Fernandes, a cantora, que em 2012 teria completado
70 anos, teve sua obra resgatada na série dirigida por Darcy Burguer, e apresentada
no mês de dezembro pelo Canal Brasil.
O projeto mostra todo o caminho percorrido pela cantora desde
sua infância e adolescência na cidade de Cedro (MG), hoje Caetanópolis, sua
vida artística até sua morte precoce aos 40 anos de idade.
Com 48 entrevistas de amigos, familiares de Clara e de nomes
importantes da música brasileira, como Paulinho da Viola, Milton Nascimento,
Djavan, Bibi Ferreira e Alcione, a série mostra como a cantora revolucionou a
indústria fonográfica, se tornando a primeira mulher a romper as barreiras
impostas pelas gravadoras e uma das maiores vendedoras de discos de todos os
tempos. Clara foi a primeira cantora a ultrapassar a barreira das cem mil
cópias de discos vendidas no Brasil.
A abertura da série é feita por Vinícius de Moraes, retirada
de uma gravação do show “Poeta, Moça e Violão” de 1973, onde o “poetinha” diz
sobre Clara:
- “Uma das maiores cantoras brasileiras do momento e das que
tem mais possibilidades de fazer uma grande carreira, um grande caminha na
canção popular do Brasil”.
Com 16 discos gravados, várias coletâneas e tributos, o
compositor Paulo Cesar Pinheiro cedeu todo o material que possuía da cantora
para iniciativas de preservação do trabalho dela. Segundo Paulo Cesar, que foi
marido de Clara, as gerações mais novas devem tomar conhecimento da cantora.
Não vai ser em vão a beleza que ela deixou.
Além de cantora, Clara Nunes apresentou com Paulo Gracindo o
show Brasileiro, Profissão Esperança, onde contavam a vida de Dolores Duran e
Antonio Maria. O show foi apresentado no Canecão, com direção de Bibi Ferreira
e ficou em cartaz por sete meses e meio, com sucesso de bilheteria e crítica.
Publicado no jornal O DEBATE RIO DAS OSTRAS em 03/01/2013
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