Com
lançamento no dia 31/10, a coleção CADERNOS DE SAMBA, série de “biografias” não
autorizadas, conta a história das escolas de samba do Rio de Janeiro.
A maior
festa brasileira, o carnaval, tem sua história pouco contada e com o fim de
algumas agremiações e a morte de seus protagonistas, muita coisa acaba se
perdendo. Por isso, o jornalista Aydano André Motta organizou o projeto
Cadernos de Samba, um lado quase secreto do espetáculo que mexe com o povo
brasileiro, principalmente o carioca.
Os primeiros
três livros são “Maravilhosa e Soberana”, de autoria do próprio Aydano e conta
a história da Beija Flor de Nilópolis. A Deusa da Passarela, como é chamada pelo
autor, tem sua história contada desde a fundação até os dias atuais, a
preservação de suas tradições e a força da sua comunidade.
A Portela,
com “Tantas Páginas Belas”, do historiador Luiz Antonio Simas, também descreve
a azul e branco de Madureira desde sua criação, com seus 21 títulos de campeã
do carnaval carioca.
“Marcadas
para Viver”, título do livro do jornalista João Pimentel é sobre as escolas que
já desapareceram, como a Tupi de Brás de Pina e as escolas que estão nos
últimos grupos de desfile do carnaval, como a Em Cima da Hora, de Cavalcante.
A Em Cima da
Hora ganhou um capítulo inteiro do livro, onde o autor fala do samba enredo Os
Sertões, que a escola levou para a avenida em 1976. Considerado um dos melhores
sambas enredo de todos os tempos, ganhador do Estandarte de Ouro de melhor
samba daquele ano, precisou da interferência da direção da escola para que
fosse o escolhido para o desfile, pois o autor não era da comunidade. Edeor de
Paula, o autor, era morador do Horto e mecânico na Gávea. O pessoal da escola
não admitia sua vitória e Baianainho, autor do outro samba concorrente, prata
da casa, retirou seu samba do concurso e abriu caminho para a justa vitória.
No dia do
desfile, um temporal caiu no Rio de Janeiro. A Em Cima da Hora fez um desfile
terrível, ficou em penúltimo lugar e está no segundo grupo há 36 anos. Foi o
primeiro campeonato vencido pela Beija Flor de Nilópolis.
Em 2013,
serão lançados livros sobre a Mangueira e o Salgueiro
Publicado no jornal O Debate Rio das Ostras em 26/10/2012