sábado, 18 de agosto de 2012

MAFALDA

Ela já nasceu com seis anos de idade e está completando 50 anos em 2012.
Criada por Joaquin Salvador Lavado, o cartunista Quino, Mafalda surgiu em 15 de março de 1962 para um anúncio de máquina de lavar roupas que seria publicado no jornal Clarin, de Buenos Aires. O anúncio não chegou a ser publicado.
Somente em setembro de 1964, as tirinhas da personagem começaram a ser publicadas na revista semanal Primera Plana. De 1964 a 1973, as tirinhas foram publicadas na Primera Plana, El Mundo e Slete Dias Illustrados. Ao todo foram 1928 tirinhas publicadas em mais de 20 idiomas, várias delas ainda saem em jornais e revistas pelo mundo afora.
Em 1973, Quino encerrou a personagem por “esgotamento de idéias”.
Considerada uma personagem simpática e atrevida, de personalidade forte, Mafalda conquistou a Europa e a América Latina.
Mafalda odeia a injustiça, a guerra, o racismo, as convenções adultas. É uma menina que se espanta diante do mundo, não aceita “as normalidades e obviedades” da realidade cotidiana, seus comentários são irônicos, ácidos e sutis.
Nas tirinhas Mafalda está acompanhada de seus amigos Filipe, Susanita, Miguelito e Manolito, e de seu irmão Guille.
Mafalda ama os Beatles e o desenho do Picapau, e odeia sopa.
Já foi comparada a Charlie Brown, de Charles Schulz, especialmente por Umberto Eco, que via nos dois um temperamento triste e suave, porém Umberto a descrevia como “uma heroína raivosa que rejeita o mundo como ele é, reivindicando o direito de continuar sendo uma menina que não quer se responsabilizar por um universo adulterado pelos pais”.
Em 2009, foi inaugurada uma estátua da Mafalda, sentada num banco de praça, no bairro San Telmo, que é conhecido pela boemia e por ter sido moradia da classe mais alta de Buenos Aires nos séculos passados e já se transformou em atração turística.






















Publicado no jornal O DEBATE RIO DAS OSTRAS  em 17/08/2012

terça-feira, 7 de agosto de 2012

MARILYN MONROE


Nascida Norma Jeane Mortenson, Marilyn Monroe é considerada o maior símbolo sexual do século XX .  Devido às internações de sua mãe, Gladys Baker, por problemas psicológicos, Norma Jeane passou grande parte de sua infância em casas de família e orfanatos.
Em 1937 ela se mudou para a casa de Grace McKee Goddard, uma amiga da família. Mas em 1942, o marido de Grace foi transferido para a costa Leste e o casal não tinha condições financeiras para levá-la com eles. A solução que Norma Jeane tinha para não voltar ao orfanato era casar com James Dougherty, um jovem vizinho de Grace. Então, aos 16 anos, ela casou-se com James. E a partir daí, tudo em sua vida teve um rumo que ela não imaginara.
 Alguns anos após seu primeiro casamento, ela descobriu uma paixão que nunca a decepcionaria, e assim começou a relação entre Marilyn e as câmeras.
Em 1949, Marilyn se encontrava em uma situação complicada e sem dinheiro, após o rompimento de seu contrato com a Columbia Pictures. Marylin já havia passado pela Twentieth Century Fox em 1946, onde conseguiu seus primeiros trabalhos como atriz e sua primeira, porém pequena aparição no filme The Shocking Miss Pilgrim, em1947. Depois participou de mais dois filmes no mesmo ano e a Fox cancelou seu contrato. Então, ela aceitou posar nua para um calendário. O sucesso foi tão grande que a atriz ilustrou a primeira capa da revista Playboy, criada pelo seu “padrinho” Hugh Hefner em 1953.
Marilyn atuou em 30 filmes entre 1947 e 1962. Entre eles, grandes sucessos como Nunca Fui Santa, Quanto Mais Quente, Melhor, O Pecado Mora Ao Lado e Os Homens Preferem As Loiras. Marilyn deixou por terminar Something’s Got To Give, de 1962.
Após seu divórcio com James Dougherty, Marilyn se casou mais duas vezes: com o jogador de beisebol Joe DiMaggio em 1954, e com o dramaturgo Arthur Miller, em 1956. Ambos os casamentos também terminaram em divórcios.
A atriz também é lembrada pela sua performance para o ex-presidente dos Estados Unidos, John F. Kennedy, ao cantar para ele com uma voz muito sensual “Feliz aniversário, Senhor presidente”. Marilyn tinha sido amante do Kennedy antes de ele se tornar presidente. O caso dos dois teve início após seu divórcio com Joe DiMaggio.
Marilyn Monroe morreu no dia 5 de agosto de 1962 na sua casa em Brentwood, Los Angeles. Ela foi encontrada atravessada em sua cama, nua e segurando o telefone. A causa oficial de sua morte foi overdose pela ingestão de ácido. Porém, tudo foi muito misterioso, pois Marilyn havia recebido ameaças pouco tempo antes de sua morte. As teorias sobre sua morte foram muitas, indo de suicídio à conspiração e assassinato. Mas ninguém sabe o que realmente aconteceu. Alguns amigos da atriz tentaram investigar o que aconteceu, mas receberam ameaças de morte por isso.
Mesmo 50 anos após sua morte, Marilyn Monroe ainda é uma das maiores lendas do século XX. Em seus filmes, ela sempre projetava uma personalidade única e fascinante, uma menina-mulher inocente e cheia de sexualidade, aquela que os homens desejavam e por quem as mulheres se sentiam ameaçadas.
Há pouco tempo, a atriz foi homenageada mais uma vez ao ser lembrada no filme Sete dias com Marilyn. A história, contada por Colin Clark no livro Minha semana com Marilyn, deu origem ao longa metragem, onde Colin recordava seus vinte e poucos anos, quando conseguiu um emprego como assistente de direção do filme O príncipe Encantado, dirigido e estrelado por Laurence Olivier e tinha Marilyn como a protagonista. Os atores tiveram brigas durante as gravações que entraram para a história do cinema.  No set de filmagem, o jovem Colin conheceu Marilyn, e era nos braços dele que a atriz buscava conforto nos momentos difíceis. O filme foi muito elogiado pela crítica e rendeu um Globo de Ouro uma indicação ao Oscar para a atriz Michelle Williams, que interpretou Marilyn.
Marilyn disse que “há sempre dois lados numa história”. Numa vida repleta de sucesso, amores e mistérios, a estrela conseguiu deixar em seu legado uma história e vários lados que sempre serão tentados a novas interpretações e descobertas e jamais serão esquecidos.







OS MELHORES JOVENS ESCRITORES BRASILEIROS


A revista britânica GRANTA, publicada em sete países e responsável por descobrir talentos que mais tarde são reconhecidos como os principais prêmios literários internacionais, fez uma edição, a primeira,  para revelar jovens escritores brasileiros. O anúncio do projeto foi feito na FLIP 2011.
A editora Alfaguara, responsável pela publicação da revista no Brasil, recebeu duzentas e quarenta e sete inscrições válidas de autores brasileiros com menos de quarenta anos de idade, a maioria nascida no final dos anos de 1970 e início dos anos de 1980. A seleção foi feita por uma comissão composta por críticos e escritores literários e baseada em determinados critérios.
Para se inscrever era exigido que o participante tivesse publicado pelo menos um texto por alguma editora e o envio de contos inéditos, ou trechos também inéditos,de um romance.
A seleção foi publicada em formato de livro e lançada no dia 05 de julho, na FLIP 2012, e estará disponível nas livrarias em todo o país, com o título OS MELHORES JOVENS ESCRITORES BRASILEIROS.  As edições em espanhol e inglês serão lançadas até o final do ano. Segundo Roberto Feith, diretor geral da editora Objetiva, os autores que fazem parte desse trabalho são os nomes que farão o mapa da literatura brasileira nos próximos anos.
A revista é uma comunidade literária fundada em 1889, em Cambridge, Inglaterra. Nos anos de 1970, após enfrentar alguns problemas financeiros, foi resgatada por um grupo de estudantes de pós graduação que a tornou uma publicação para novos autores. Desde 1979, vários escritores tiveram seus textos publicados na revista, entre eles Milan Kundera, Ian McEwan, Doris Lessing, Gabriel Garcia Marques, Jennifer Egan e Salman Rushdie.  No Brasil, a revista  é publicada desde 2007.
Nos últimos anos passou a ter edições na Itália, Noruega, Bulgária, Suécia e China. A edição brasileira poderá ser publicada nestes países, mas com as traduções já definidas, o trabalho dos autores brasileiros chegará a cerca de oitenta mil pessoas que buscam a boa literatura ao redor do mundo.
Foram quatorze homens e seis mulheres os autores brasileiros selecionados e o escritor mais novo tem vinte e um anos de idade. Os escritores que tiveram seus trabalhos publicados são Cristhiano Aguiar, Javier Arancibia Contreras, Vanessa Bárbara, Carol Bensimon, Miguel Del Castillo, João Paulo Cuenca, Laura Erber, Emilio Fraia, Julian Fuks, Daniel Galera, Luisa Geisler, Vinícius Jatobá, Michel Laub, Ricardo Lísias, Chico Mattoso, Antonio Prata, Carola Saavedra, Tatiana Salém Levy, Leandro Sarmatz e Antonio Xerxenesky.








Publicado no jornal O DEBATE RIO DAS OSTRAS  em 03/08/2012